OPINIÕES SOBRE O METAGAME (parte 1)

Fala galera? Bem, hoje irei falar de um assunto que divide os duelistas pelo mundo: o meta game. Sim meus caros, este texto será para expressar minha opinião sobre o card game e tentar contra-argumentar algumas opiniões que já li e ouvi por aí.

1- O jogo ficou rápido demais pros jogadores 4fun;

Antes de mais nada, não, eu não concordo. Sim, o Yugioh! cresceu como jogo e tem maior taxa de lançamentos em números, comparado com outros card games. Mas será mesmo que você tentou acompanhar e crescer junto? Antes de alguns começarem a me xingar, pensem bem? "Eu pesquisei sobre alguma carta nova que caíria bem naquele deck que eu gosto?". "Essa jogada fica boa assim, mas seu melhorasse ela desse jeito?". "Essa carta não é genérica e nem desse arquétipo, mas dá pra usar nesse deck".  Muitas das pessoas que se doeram ao ler esse artigo provavelmente não acompanham o andamento do jogo, em busca de novas estratégias para seu deck, ou counters para encarar os decks mais novos. Realmente, o que deixa algumas pessoas para traz no jogo, é pensar que o jogo devia ficar na mesma zona de conforto que ele. Antes de continuar: nunca entre em uma zona de conforto, isso te deixa acomodado demais, e quando a  mudança mais simples ocorre, acabamos por ficar sem reação;

2- Aquele deck tem tudo! Draw, Recicle, Search, Counters, faz OTK e ganha suporte novo todo dia, já pra tal deck eles não lançam nada!

Um exemplo disso é HERO. Sim, HERO, apesar de não terem um grande espaço no meta, eles já possuiam tudo isso, e continuam ganhando mais e mais suportes, diferente daquele deck Level que eu tanto amo... T-T bem, antes de mais nada, tudo é regido pelo lucro: se as pessoas estão buscando cartas antigas de alto valor em boosters antigos, a Konami vai e lança reprints delas em raridades menor para lucrar mais num booster novo; Se muitas pessoas se mostram desinteressadas por um deck que dava mais lucro, a Konami lança novas cartas pra deixá-lo mais atrativo (o que anda ocorrendo com HERO); Se muitas pessoas voltam a se interessar por um tema antigo, a Konami vai querer valorizá-lo com novos suportes. Como toda empresa, a Konami age em prol do lucro, então, como ela sabe que tal produto anda sendo buscado? Bem, existem dois métodos:
*Os torneios: é aqui onde o tudo se encaixa afinal, se muitas pessoas estão usando o mesmo deck num torneio, a Konami vai agir vendo as diferenças entre os decks em busca das estratégias mais inusitadas, e então vai querer tapá-la lançando um suporte para tal arquétipo que cumpra com o mesmo objetivo de uma forma menos abusiva e/ou com a...
*Banlist: a banlist serve justamente para controlar o lucro da empresa, então note que a maioria das cartas na banlist são cartas antigas, que, mesmo algumas não merecem mais estar lá, continuam sendo oprimidas em prol do lucro (prova disso é justamente as Erratas sobre algumas cartas da banlist, que acabou as tirando de lá em reprints, na Premium Gold mais recente.) Isto porque, se alguma carta antiga pode ajudar esse deck novo de forma mais eficiente que essa carta do próprio deck, ou essa genérica mais rara, pode atrapalhar no lucro da empresa.

3- Porquê algumas cartas apelonas estão fora da lista, mas essa "porcaria inútil" tá banida?; dando continuidade ao tópico acima, de uma forma mais aprofundada. Isto se deve a um fator diferente do anterior. Para exemplificar: Black Luster Soldier- Envoy of the Beggining está Limitado, enquanto Judgment Dragon pode ser usado a 3 num deck, sendo que Judgment Dragon é mais apelão, porquê? Vamos aos fatores:

*BLS é genérico, invocação simples, pode ser usado em qualquer deck que tenha acesso a monstros Light e Dark, tem dois efeitos ótimos, pode virar um jogo quando entrar no campo e ainda pode ser invocado especialmente do cemitério ou das banidas por outros meios (desde que tenha sido invocado da maneira correta anteriormente). Já Judgement Dragon- Boss dos Lightsworn, mas não é tratado como um, então buscá-lo ou reciclá-lo torna-se mais complicado, Só pode ser invocado da maneira descrita em sua carta, Te faz mandar cartas do topo do seu deck para o cemitério durante a End Phase, e isso pode ser prejudicial no End Game, tem custo para ativar seu efeito,  poder de ATK e DEF razoáveis e invocação fácil. Não estou dizendo que Judgement merece estar a 3, mas ele um dia já foi limitado, e semi-limitado, e isso foi pior do que se o tivessem banido. Judgment Dragon é um monstro ótimo, mas acaba dependendo de meios externos para dar a cara no jogo (meios de ser reciclado, principalmente), diferente de BLS, onde o mais simples deck (o do Yugi no anime, por exemplo), pode se tornar mais mortal que um deck Lightsworn inteiro focado em baixar 3 Judgement Dragon no campo de uma vez (leia o tópico 2 para entender melhor esta parte). Fora isso temos vários outros exemplos, mas não irei citá-los agora.

4- Netdeckers estragam o jogo; aqueles que dizem isso são os que compram Starter decks e Structure Decks ao invés de buscar carta por carta. Sim meus caros, não estou dizendo que isto é errado, afinal todo mundo precisa de uma base para começar. Você joga de Shadoll hoje em dia mas eu sei que já fez uma mistureba tentando fazer um deck que só tivesse cartas do Yugi, Joey e Kaiba achando que nunca ia perder com ele... minha intenção ao escrever isso não é ofender ninguém, mas no momento em que você tenta imitar alguém, considere-se um Nerdecker! E mais: a partir do momento em que vamos num fórum ou blog e perguntamos "como tá meu deck? O que posso melhorar nele?" Já está sendo um netdecker. Este é um jogo coletivo, onde cada pessoa deve aprender como lidar com a evolução, e para aprender, é necessário pesquisar, e para pesquisar, alguém deve ter escrito em algum lugar, para alguém como você, que está querendo aprender. Yugioh é um jogo em que devemos viver em busca de novos conhecimentos, e  buscá-los já é ser um netdecker.

Enfim, finalizo a primeira parte desta série dizendo que todos devemos pensar bem antes de tirarmos conclusões